Chegou a hora do 13º salário e do pagamento do mês. Para muitos servidores, aposentados e pensionistas, é quando as contas se encontram — e também quando aparecem ofertas “imperdíveis” e golpes. Este guia é prático e direto: priorizar o essencial, negociar quando necessário e evitar armadilhas. Sem fórmulas mágicas — só escolhas inteligentes para passar o mês em paz.
Primeiro, o essencial (o que mantém a vida funcionando)
Faça sua lista rápida (papel ou celular) e marque o que não pode falhar:
- Moradia e serviços básicos: aluguel/prestação, luz, água, gás, internet/telefone usados para trabalho/estudo.
- Saúde e alimentação: medicamentos, consultas/exames agendados, alimentação da casa (planeje o mercado da semana ou mês).
- Transporte e escola: viagens do dia a dia, itens essenciais para filhos/dependentes.
- Compromissos fixos inadiáveis: parcelas que geram multa alta ou corte de serviço.
Dica expressa: pague primeiro o que desliga/corta se atrasar. O resto, negocia-se.
Se ficou apertado: como negociar sem dor de cabeça
- Converse com antecedência: ligue para a empresa/cartão/loja antes do vencimento.
- Peça opções claras: desconto por pagamento à vista, isentar multa/juros ou parcelamento com taxa informada.
- Evite “bola de neve”: troque uma dívida cara por outra mais barata e transparente, nunca por “créditos fáceis” que escondem juros altos.
- Registre o acordo: anote nome do atendente, data e protocolo. Guarde comprovantes.
13º salário sem sustos (o básico que salva)
- Contas atrasadas primeiro: limpar pendências reduz juros e estresse para dezembro/janeiro.
- Despesas sazonais à vista: IPVA/placa; escolar/material do início de ano? Antecipe o que der, com desconto!
- Trocas e festas: combine presentes coletivos na família e defina um teto. Lembre-se: promoção boa é a que cabe no seu hoje, não no “talvez depois”.
Compras e “promoções”: checklist em 60 segundos
- Eu realmente preciso?
- Tenho preço comparado? (pesquise duas alternativas, pelo menos)
- Tem custo oculto? (frete, seguro, taxa)
- Cabe no mês sem empurrar conta essencial?
- Política de troca e garantia por escrito?
Se alguma resposta não convencer, pule.
Golpes mais comuns nesta época (e como se proteger)
- Mensagens falsas de “banco/INSS/Instituto” pedindo código ou senha: não passe. Órgãos sérios nunca pedem código por chat/telefone.
- Boletos falsos: gere somente pelo canal oficial (site/app). Confira CNPJ, nome e valor.
- Promoções com link encurtado: desconfie; prefira digitar o endereço oficial no navegador.
- Golpe do “suporte remoto”: ninguém confiável pede para assumir seu celular/computador.
- Máquinas de cartão alteradas (“chupa-cabras”): antes de pagar, confira lacres e tela; cubra o teclado ao digitar senha.
Em dúvida? Pare, não finalize, e confirme no canal oficial do seu Instituto/Prefeitura ou da instituição financeira.
Mercado do mês: como gastar menos sem “milagre”
- Lista fechada + refeição da semana: legume/verdura de safra e proteína em promoção.
- Marcas alternativas: teste versões econômicas para itens não essenciais.
- Evite “viagens de curiosidade” ao mercado: compre com lista para não “passear” entre gôndolas.
Pagamento digital com segurança (passo a passo)
- PIX: confirme nome e banco do destinatário antes de enviar.
- Cartão virtual para compras online.
- Autenticação em duas etapas no e-mail, banco e redes.
- Notificações de transação ativas (você sabe na hora se algo estranho acontecer).
Para quem cuida de família (idosos, adolescentes e crianças)
- Combine limites de uso de cartão e autorize compras acima de certo valor.
- Acompanhe extratos de quem tem dificuldade com tecnologia.
- Explique golpes comuns com exemplos (linguagem simples). Informação previne sustos.
13º salário e fim de mês pedem prioridades claras; negociação sem vergonha; e atenção redobrada a golpes. Organize o essencial, escolha o que realmente serve sua vida hoje e use sempre os canais oficiais do órgão. Informação simples e atitude prática tiram o peso das contas e devolvem tranquilidade para fechar o mês.










